"No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”

(Jacques Bossuet).

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Você é produto da evolução de um macaco ou de um desenho inteligente?

Design inteligente

Assistindo ao vídeo que indico ao final, refleti que toda a polêmica suscitada sobre o Design Inteligente não existiria se não houvessem criado religiões na antiguidade. O DI seria hoje uma ciência que nos explicaria cientificamente a criação do Universo (não essa teoria furada do Big Bang) e dos seres vivos.

Vamos, primeiramente, explicar sucintamente o que é o DI para aqueles que desconhecem.

Certas características do universo e dos seres vivos são mais bem explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo não-direcionado como a seleção natural". (Discovery Institute)

Alguns biólogos evolucionários concordam que a mutação e a seleção natural não respondem sozinhos pela complexidade da vida, contudo é uma minoria de mentes abertas. A maioria defende com unhas e dentes a teoria Darwinista.

William Dembski elaborou o que, para ele, é um método infalível para detectar design. Esse método é um processo de eliminação que faz três perguntas sobre tudo que é encontrado na natureza:

- há uma lei que o explica?

- o acaso o explica?

- o design o explica?

A resposta da comunidade científica à abordagem dos três argumentos de Dembski para identificar design é quase a mesma resposta ao argumento da complexidade especificada. A maioria dos cientistas observa que ele não é, na verdade, um teste positivo para design, mas sim um teste negativo para eliminar o acaso e a necessidade. O processo de eliminação não pode levar a nenhuma conclusão definitiva no mundo da ciência.

De modo geral, a objeção mais significativa da comunidade científica ao design inteligente como teoria científica é que ele não é empírico. Os cientistas não podem testar, nem contestar, a presença do design. Os cientistas alegam que, por sua natureza, o design inteligente não é um argumento científico, mas sim filosófico.” ((http://pessoas.hsw.uol.com.br/design-inteligente1.htm )

Quem está com a razão? Do meu leigo modo de ver: ambos - até certo ponto.

Parece que a teoria do DI vem desde 1984, mas somente agora alcançou visibilidade. Nos Estados Unidos já causou muita celeuma e inclusive demissões de importantes acadêmicos, como Rchard Von Sternberg que foi forçado a demitir-se do Smithsonian Institute porque publicou um artigo de outro cientista apoiador do Design Inteligente. E, se assistirem ao vídeo, verão que há muitos outros.

O vídeo/documentário é apresentado por Ben Stein (escritor e comentarista político e econômico estadunidense) e sua preocupação ao realizar o documentário deveu-se ao seu temor de que a liberdade de expressão e posicionamento esteja em risco de extinção. Com efeito, se cientistas e acadêmicos não podem manifestar uma opinião contrária à do “stablisment” (teoria Darwinista) sem perder seus empregos, estamos enfrentando o que Ben Stein chama de “Gulag intelectual”.

Nos USA a discussão é acirrada porque os evolucionistas dizem que os seguidores do DI querem, na realidade, que a mesma seja ensinada junto com a evolução em aulas de ciências nas escolas públicas e dizem que o DI nada mais é do que criacionismo sob nova roupagem pseudocientífica.

Além disso, há alegações generalizadas de que a maioria do dinheiro do Instituto Discovery (principal responsável pela divulgação do DI) vem de indivíduos e organizações fundamentalistas cristãs, sobretudo os milhões de dólares doados pelo filantropo Howard Ahmanson, um cristão evangélico.” (http://pessoas.hsw.uol.com.br/design-inteligente1.htm)

Está, portanto, declarada a guerra entre ateísmo e religião. O x da questão é que os evolucionistas ateus se baseiam na bíblia para externar seu repúdio ao criacionismo; no que concordo com eles, pois a bíblia conta histórias absolutamente inverossímeis.

Se não houvessem religiões e a bíblia, o DI já seria aceito há muito tempo, os cientistas teriam prestado mais atenção ao que a natureza nos diz sem o entrave do preconceito. Veja o que diz o post O que é um pseudocético.

Eu acredito na capacidade da ciência de nos revelar o mundo em que vivemos, mas não consigo aceitar cientistas preconceituosos e travados em suas posições pétreas. Isso só atrasa o desenvolvimento da ciência e o conhecimento humano. Não sou bióloga, mas do que li nos argumentos dos seguidores do Design Inteligente, muita coisa faz todo o sentido e as contra-argumentações dos evolucionistas vêm carregadas de repúdio sem oferecer uma explicação mais adequada por falta de pesquisa a respeito. Ou seja, é um assunto que necessita de mais pesquisa, o que não acontecerá se os cientistas fincarem pé em suas posições já estabelecidas.

Esta é uma característica dos cientistas e acadêmicos em geral de todas as áreas do conhecimento humano, colocarem num pedestal intocável suas teorias, postulados, etc. Devemos lembrar o que Schopenhauer já dizia: Toda grande verdade passa por três estágios: Primeiro é ridicularizada, segundo é violentamente combatida e terceiro, é aceita como óbvia.” Até a teoria da relatividade de Einstein foi combatida quando ele a formulou. Lembrar também que a ciência já disse que o Sol girava ao redor da Terra.

Pessoalmente considero a teoria do Design Inteligente muito mais adequada às complexidades dos seres vivos e também do Universo do que a teoria evolucionista e o Big Bang.

Reflitam, pesquisem e tirem sua própria conclusão, lembrando que a mente é como paraquedas, só funciona aberta. rsrs

Este é o vídeo citado: http://www.youtube.com/watch?v=sqmr5qMz7lE

Imagem: http://seteantigoshepta.blogspot.com.br

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sábado, 18 de maio de 2013

O que é um pseudocético?

pseudocetico

Já escrevi aqui no blog sobre uma característica apresentada por pessoas de “mente fechada”: desacreditar de tudo aquilo que não vai ao encontro de suas crenças.

Outro dia encontrei num blog uma excelente matéria que trata do assunto mais detidamente. O que eu chamo de “ceticismo burro” é chamado de pseudoceticismo.

Vejamos então o que diz a matéria mencionada:

“Os pseudocéticos são pessoas que tem uma crença profunda, um dogma, uma ideologia preferida, e que por conta disso rejeita de imediato qualquer coisa que vá a contestar essa visão de mundo predileta. Não é uma questão de fatos, nem de ciência. Não estão preocupados com a verdade, ou pelo que seja justo. O pseudocético quer apenas manter a sua ideologia a qualquer custo, como se sua vida dependesse disso. É como um torcedor fanático, não importa o quanto o jogador do outro time é talentoso, inteligente, ou carismático, não... o adversário é simplesmente classificado como “inimigo”, e deve ser hostilizado. Ponto final...

Marcello Truzzi [Sociólogo, professor universitário dos EUA] define o que é um Pseudocético, como identificá-lo, e refutá-lo.

Uma vez que "ceticismo" corretamente se refere à dúvida em lugar da negação, não-crença em lugar de crença, críticos que tomam a posição negativa em lugar da agnóstica, mas ainda se chamam "céticos", são de fato pseudo-céticos e têm, creio eu, ganhado uma falsa vantagem usurpando esse rótulo. Em Ciência, o ônus da prova recai no alegador; e quanto mais extraordinária uma alegação, mais pesado é o ônus da prova exigido.

Em sua análise, Marcello Truzzi argumentou que os pseudocéticos apresentam a seguinte conduta

(1) - A tendência de negar, ao invés de duvidar.

(2) - Utilização de padrões de rigor acima do razoável na avaliação do objeto de sua crítica.

(3) - A realização de julgamentos sem uma investigação completa e conclusiva.

(4) - Tendência ao descrédito, ao invés da investigação.

(5) - Uso do ridículo ou de ataques pessoais.

(6) - A apresentação de evidências insuficientes.

(7) - A tentativa de desqualificar proponentes de novas idéias taxando-os pejorativamente de “pseudo-cientistas”, “promotores” ou “praticantes de ciência patológica”.

(8) - Partir do pressuposto de que suas críticas não tem o ônus da prova, e que suas argumentações não precisam estar suportadas por evidências.

(9) - A apresentação de contra-provas não fundamentadas ou baseadas apenas em plausibilidade, ao invés de se basearem em evidências empíricas.

(10) - A sugestão de que evidências inconvincentes são suficientes para se assumir que uma teoria é falsa.

(11) - A tendência de desqualificar “toda e qualquer” evidência.”

(http://seteantigoshepta.blogspot.com.br/2009/08/pseudoceticos-reconheca-os-arme-se.html)

Um dos mais conhecidos pseudocéticos atuais é Richard Dawkins (o Rottweiler de Darwin rsrs) que depois de batalhar ferrenhamente por sua crença na Teoria da Evolução finalmente admitiu o conceito de Design Inteligente.

Muitas vezes os pseudocéticos utilizam-se de fontes não concludentes para defender suas ideias/crenças. O afã em provar seus pontos de vista acaba por impedi-los de refletir mais profundamente na validade ou confiabilidade das suas fontes de argumentos.

Acompanhando um debate entre ateus e um crente cristão, chamou-me a atenção a citação, pelos ateus, de provas de sua alegação baseadas em conteúdos históricos (livros). O crente dá a bíblia como prova. Nenhum deles parece que parou para pensar que pelo fato de um autor ser célebre não significa que tenha sido honesto (conscientemente ou não) em suas obras.

História não é ciência (concreta), grande parte dela é relatada pelo lado vencedor em alguma disputa, bélica ou não. Quanto à bíblia, sabe-se que é um livro que teve alterações devidas às traduções e interpretações de várias pessoas ao longo do tempo.

Eu aprendi na escola que o “homem das cavernas” vestia-se de peles, pois bem, já adulta descobri em um livro de um pesquisador independente que: O homem pré-histórico usava como todos os homens civilizados do Ocidente: chapéu, casaco, calças, sapatos. Este fato é incontestável porque está provado pelos desenhos gravados nas lajes da biblioteca sequestrada no Museu do Homem, em Paris”. (O Livro dos Segredos Traídos, Robert Charroux)

Para dar um exemplo bem simples, de nossa história oficial, durante 48 anos o Barão do Serro Azul foi considerado traidor já que Os seus atos foram banidos da história oficial do estado do Paraná, documentos foram arrancados, referências apagadas, e qualquer discussão sobre a execução sumária dele e seus companheiros era evitada(Wikipédia). Só em 1942 é que um livro foi editado contando o que aconteceu realmente lá em 1894 e hoje o Barão é considerado “herói da pátria”.

Portanto, não podemos confiar cegamente no que dizem os historiadores, eles também são seres humanos e como tal sujeitos a erros, enganações, meias verdades, além de usarem e abusarem das inferências e não ficarem restritos só aos fatos.

Há os que só aceitam o que a ciência diz, como se esta fosse sinônimo de verdade. Já há aqueles que juram que o homem não pisou na lua... Aff!

Refletir sempre e com consciência. Ter mente aberta. Este é o caminho para evoluir.

Imagem: www.caritasinveritate.teo.br

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Quem é responsável pela vida do povo?

povo unido

Há muito tempo atrás o ser humano resolveu se organizar na forma de Estado. A partir daí as pessoas abdicaram do seu poder individual e o delegaram a um grupo que passou a decidir por elas; rei e seus assessores, presidente e ministros, parlamentares, etc.

Leis, regras e normas foram criadas para todos por somente alguns. E assim vivemos até hoje, alguns mandando em todos.

Bem, dirão vocês, mas isso é necessário, do contrário teríamos a anarquia.

Concordo porque esta é a realidade num mundo onde a maioria das pessoas não tem consciência.

O grande problema é que quando as pessoas não assumem a responsabilidade, simplesmente deixando que o Estado resolva tudo, esse tipo de conformismo acaba se voltando contra a própria população.

Na Espanha, por exemplo, está havendo suicídios, despejos, muita gente mal tendo o que comer com o desemprego atingindo mais de 27% da população.

Nos USA há um grupo de magnatas que comanda o país desde o início do século 20 e que é o responsável pelo aumento dos impostos desde que criaram o Federal Reserve.

Na China, existe o trabalho praticamente escravo, não há também a possibilidade de manifestar-se contra o governo sem ir para a prisão.

Aqui no Brasil, ocupamos o 85° lugar no ranking de desenvolvimento humano, precisamos de infraestrutura nos mais diversos setores, há desvio do dinheiro público desde o tempo do império...

Isso tudo é apenas uma pequeníssima amostra de todos os problemas que a humanidade enfrenta ao redor do planeta por deixar a cargo dos governos (Estado) o timão de suas vidas.

Da população total do planeta talvez não chegue a 10% o número de indivíduos que tem consciência do que acontece pelo mundo, que quando necessário vão às ruas ou à internet fazer manifestações, que enfim fazem alguma coisa para mudar o status quo.

A grande maioria está preocupada apenas com o que acontece consigo mesma e com a família. Por exemplo, aqui no Brasil, que é onde conheço melhor a situação, quantos são os que cobram atitudes de vereadores, deputados ou senadores que ajudaram a eleger?

O que fazem após um dia de trabalho? Vão tomar cerveja em algum bar ou se emburrecer assistindo televisão.

Se eu perguntar a 100 jovens quem é Luciana Gimenez sei que todos saberão responder, mas se eu perguntar quem é Christine Lagarde, figura vital para as finanças do país, quantos saberão?

O ser humano acostumou-se tanto a delegar que perdeu de vista a força e o poder que tem o povo unido.

Essa alienação do povo com respeito às atitudes do Estado deve-se principalmente a dois motivos: ignorância, com a consequente falta de consciência.

Vou lhes dar um exemplo de sobre o que estou falando: há pouco tempo, a Islândia deu demonstração do poder do povo.

Em 2003, sob a pressão neoliberal, a Islândia privatizou o seu sistema bancário, até então estatal. Como lhes conviesse, os grandes bancos norte-americanos e ingleses, que já operavam no mercado derivativo, na espiral das subprimes, transformaram Reykjavik em um grande centro financeiro internacional e uma das maiores vítimas do neoliberalismo. Com apenas 320 mil habitantes, a ilha se tornou um cômodo paraíso fiscal para os grandes bancos.

Instituições como o Lehman Brothers usavam o crédito internacional do país a fim de atrair investimentos europeus, sobretudo britânicos. Esse dinheiro era aplicado na ciranda financeira, comandada pelos bancos norte-americanos. A quebra do Lehman Brothers expôs a Islândia que assumiu, assim, dívida superior a dez vezes o seu PIB (Produto Interno Bruto). O governo foi obrigado a reestatizar os seus três bancos, cujos executivos foram processados e alguns condenados à prisão.

A fim de fazer frente ao imenso débito, o governo decidiu que cada um dos islandeses – de todas as idades – pagaria 130 euros mensais durante 15 anos. O povo exigiu um referendo e, com 93% dos votos, decidiu não pagar dívida que era responsabilidade do sistema financeiro internacional, a partir de Wall Street e da City de Londres. (http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/25002/o+plebiscito+islandes+e+os+silencios+da+midia.shtml )

Após esse referendo a população também exigiu fazer uma nova Constituição a ser elaborada por 25 cidadãos que não tivessem nenhuma atividade partidária. O que foi feito. Durante a redação qualquer cidadão podia dar sugestões ou propor mudanças por meio da internet.

Vocês viram esta notícia na mídia? Eu não. Tomei conhecimento dela há poucos dias (a notícia é de 2010) através de um programa especial na TV.

Em um mundo onde o povo abriu mão de suas responsabilidades, a mídia ´”deita e rola” desinformando mais que informando.

Esse é um exemplo de um povo consciente e atuante. Não adianta só reclamar e falar mal dos governos, é preciso fazer alguma coisa. Isso é realmente democracia ao invés da plutocracia que existe.

Acordem. Os governos de todos os países, ou quase todos, estão nas mãos dos banqueiros, portanto suas decisões serão sempre comprometidas, o povo que se dane!

Veja, na imagem abaixo, a quantas anda a dívida/Brasil, sendo que boa parte dela é de juros e amortizações com os bancos internacionais.

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Fonte: www.auditoriacidada.org.br/

E você o que pensa a respeito?

Imagem: robertoalmeidacsc.blogspot.com

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

A crescente polarização na sociedade humana

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De uns tempos para cá nota-se uma crescente polarização na sociedade humana. As pessoas estão ficando cada vez mais radicais, assumindo suas ferrenhas posições a favor ou contra determinados assuntos. Também as atitudes estão ficando extremadas.

Parece que o meio termo, o caminho do meio preconizado pelo Buda, desapareceu do comportamento e atitudes humanas.

Lembro que à época da “guerra fria” existia esse comportamento, contudo voltado somente a um tema: a rivalidade entre norteamericanos e soviéticos, a polaridade imperialismo versus comunismo.

Atualmente qualquer tema se presta para as pessoas digladiarem e assumirem posições extremistas. A velha dualidade - bem contra o mal assume várias formas, com seus apologistas sempre se esquecendo que um e outro são relativos. O que é mau para X pode ser considerado bom para Y e vive versa.

Vivemos atualmente num mundo onde, devido à globalização, encontra-se exclusão versus inclusão, concentração da riqueza versus a expansão da pobreza, exacerbação do consumo versus falta do básico para viver. É tudo oito ou oitenta.

A mudança de ciclo que estamos atravessando tem trazido muitas incertezas, dúvidas e questionamentos a todos. Até há pouco (21/12/2012) havia na cabeça de muitos o temor de que o mundo fosse acabar. Medo aumenta a ansiedade e ambos estão associados à elevação de adrenalina no corpo e isso diminui ou afeta a razão, assim, crimes por motivos absolutamente banais começam a acontecer como o assassinato do cliente no restaurante por uma diferença de apenas sete reais na conta.

Aqui no nosso país encontro opiniões exacerbadas e radicais por parte de “esquerdistas fanáticos e direitistas viscerais: dois perfeitos idiotas”, como disse Frei Betto.

Uma frase de um desses radicais mentecaptos (Reinaldo Azevedo) ficou famosa quando da morte de Oscar Niemayer: "Metade gênio e metade idiota”. Essa frase, para mim, exemplificou brilhantemente a irracionalidade dos extremistas.

A direita conservadora ataca e só enxerga o lado negativo da gestão petista, enquanto que a esquerda defende ditaduras como Cuba. Nenhum dos lados (com raras e honrosas exceções) enxerga os méritos, que existem, na primeira bem como os deméritos, que também existem, na segunda.

Outro tema que anda “quente” é o fanatismo ligado a crenças: religiosos versus ateus, xiitas versus sunitas ou crentes de algumas religiões hostilizando os crentes de outras, como pode se ver neste exemplo: A quantidade de denúncias de intolerância religiosa recebidas pelo Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República cresceu mais de sete vezes em 2012, quando comparada com a estatística de 2011.” (http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/21/denuncias-de-intolerancia-religiosa-crescem-mais-de-600-em-2012.htm?cmpid=cgp-cotidiano-news )

Na Europa e Oriente Médio, muçulmanos versus cristãos dão a tônica nas manchetes. Pra todo lado nota-se os extremos assumindo a dianteira e, muitas vezes, a intolerância se fazendo presente.

Mais do que nunca é momento de se usar a razão e o bom senso, mas cada vez mais as pessoas estão usando a emoção, na sua manifestação mais negativa: o extremismo ou radicalismo.

Recentemente, devido a uma entrevista de Marília Gabriela divulgada na rede, pude constatar a virulência da argumentação de um cidadão de má fé e que atinge a milhares de pessoas porque se apresenta na televisão. É tudo de que não precisamos nos dias atuais: alguém estimulando o circo a pegar fogo. Isso contagia porque as cabeças ocas que o ouvem, já que não possuem discernimento, saem repetindo as sandices do seu “guru”.

Nas minhas leituras, pela internet, observo como as pessoas interpretam mal o que leem ou mesmo distorcem o que o outro quis dizer (inclusive vejo isto aqui nos comentários). Isso feito, passam a xingar o outro de forma grosseira, jogando o: “ou você está comigo ou contra mim”. Tudo se torna ofensa pessoal, não há distanciamento, não há reflexão, parte-se logo para o ataque.

Observo como, no geral, as pessoas não conseguem debater um tema de forma racional. Vejo principalmente dois tipos debatendo: o mais culto, onde se observa uma boa bagagem de leitura, e o iletrado. O primeiro começa despejando seu conhecimento em cima do outro, fazendo muitas citações dos autores que já leu. O segundo, por não poder contra-argumentar por falta de conhecimento parte logo para as ofensas pessoais. Aí o primeiro, ao invés de manter a postura já que tem mais cultura, deixa-se cair ao nível do outro e também apela para as ofensas.

Ó céus, onde anda a razão? O mais engraçado é que os letrados assumem ser altamente racionais. E o são, nas suas argumentações, mas nos xingamentos.... aí eles perdem toda a sua racionalidade.

Pessoal, façam um exame de consciência e observem se não estão se incluindo nessa turma que citei. Lembrem, quanto mais consciência uma pessoa tem, mais distanciamento ela consegue ter em qualquer discussão ou debate.

A excessiva polarização só leva a um desfecho: conflito!

O mundo atual já está tão repleto de problemas, ainda querem criar mais um ....?

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